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Off Pitch

Blogue do treinador Bruno Dias

Vai (re)começar!

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A época 2019-2020, oficialmente, começa amanhã. Renascem a esperança e os sonhos de atletas, treinadores, dirigentes e adeptos de alcançar o sucesso, tenha essa palavra o significado que tiver para cada um deles, tema que já abordámos aqui, normalmente, é distinto apesar de o denominador comum serem as vitórias e troféus.

Importa antes de (re)começar, deixar cair o pano sobre época 2018-2019, a reflexão sobre a mesma, deverá dominar o dia e permitir extrair dela os ensinamentos devidos para (re)começar mais forte.

Esta breve (ou mais demorada) reflexão funcionará como um ponto de controlo, no mapa global que é o percurso que estamos a efectuar em direcção aos nossos objectivos permitindo o reforço das nossas forças e deixar-nos alerta para os pontos que necessitamos de continuar a melhorar para que este caminho nos leva a bom porto.

Quais as estratégias que utilizas para optimizar os pontos de controlo?

Terminado o primeiro semestre do ano, quais são os objectivos para o segundo?

Futebol positivo! Moda ou mudança de paradigma?

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A necessidade e o gosto de ter bola sabendo usa-la de forma eficaz e eficiente e na ausência da sua posse ter um comportamento proativo no sentido de a reconquistar vendo nela a solução para todos desafios que o jogo nos é capaz de lançar a cada segundo. Agir sobre o jogo e ter uma atitude menos especulativa aguardando que os deuses do futebol protejam a forma pouco audaz como o estamos a abordar.

Esta ideia vai muito além das quatro linhas, diria que o desempenho em campo será o reflexo do que se passa fora dele e começa na liderança, sobretudo, do treinador mas também diretiva através dos valores que defendem e, mais importante, que praticam nas suas ações e na sua comunicação tanto interna como externa.

Implicitamente, esta noção está ligada a uma visão mais abrangente e, necessariamente, de médio prazo onde, muitas vezes, o imediatismo é ferido pela necessidade de ter alicerces mais fortes que obrigam a investir mais tempo na sua construção, contudo são estes que permitirão alcançar uma consistência mais forte e duradoura.

Resumindo, será um futebol que vê nas suas virtudes a sua principal arma para alcançar o sucesso e que reconhece que as competências alheias poderão, momentaneamente, vencer as suas e que apesar de as reconhecer e valorizar em momento algum colocam em causa a necessidade de afirmação própria permanente das suas competências e da sua valorização.

Que a discussão da moda se transforme no começo de um novo paradigma.

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Que tipo de treinador és tu?

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Num momento em que discutimos se este treinador é de identidade e o outro é de estratégia, questionaram-me: e tu és de que tipo?

Não acredito na estratégia sem identidade, definindo-a como o padrão comportamental que pretendo que o meu exército se reveja e orgulhe, nem na identidade sem estratégia, definindo esta como o método utilizado para derrotarmos o adversário.

Sou o treinador que quer ganhar sempre, que prepara ao detalhe cada momento para que este o possa aproximar da vitória, que genuinamente quer o melhor para os seus e que o seu interior reflecte a paixão de tornar cada banalidade numa ferramenta, numa motivação ou num momento marcante para alcançar a próxima vitória.

Querer ganhar sempre é muito diferente de ganhar a todo o custo, essas são vitórias sem sabor, é mais que filosofia acreditar que a vitória é mais saborosa quanto mais desafiante for o percurso, é simplesmente constatar a evidência humana de quem já a experienciou e acorda todos os dias com maior desejo de agir de forma coerente e ordenada para o voltar a sentir.

Reflectindo mais profundamente sobre o tema, parece-me chave este equilíbrio entre os princípios e valores que são inegociáveis e os meios e métodos que são flexíveis e escolhidos à medida de cada contexto.

Portanto, sou um treinador gerador de resultados (desportivos e financeiros), eficaz e eficiente a concretizar objectivos, através de uma visão abrangente em diferentes escalas.

Valorizar os Jogadores? Mitos e Verdades...

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Assisti, ontem, a um importante e oportuno debate sobre o futebol português e uma das ideias chave está na necessidade de focar a ação dos treinadores da formação na evolução do jogador, primordialmente, tornando por exclusão de partes a evolução da equipa secundária.

Na escalada até ao alto rendimento, a priorização da importância altera-se um pouco, mas não totalmente, dado que o mercado português é, maioritariamente, exportador pelo que a necessidade de aliar desenvolvimento individual ao colectivo é vital para os clubes de forma a garantir a sua sustentabilidade desportiva e financeira, alcançado bons resultados nas competições que participa e facilitando a alienação dos direitos desportivos dos atletas.

De varia ordem são os contributos necessários para o crescimento desportivo dos atletas sendo central a figura do treinador disponibilizando ao atleta as ferramentas necessárias para que este possa construir o seu futuro.

Todos os treinadores contribuem para a evolução dos atletas, alguns ajudem no seu crescimento e poucos são diferenciadores em momentos chave da carreira destes.

Nenhum treinador fez um jogador, poderá é ter contribuído pouco ou muito, para este se construir a si próprio.

A complexidade da construção humana impede a linearidade deste processo, obrigando aos líderes responsáveis que compreendam a sua real importância neste e, acima de tudo, sejam competentes e corajosos para atuar no momento certo, fazendo o certo!

Dois atletas primeiro ano sénior do mesmo clube, não têm obrigatoriamente as mesmas necessidades de treino e jogo. Como avaliar essas necessidades? Como adequar o treino individual sem beliscar o crescimento colectivo? Como avaliar se as escolhas foram as mais corretas?

Especificamente, a transição futebol formação para alto rendimento têm uma larga janela temporal e diferentes contextos competitivos para o efeito pelo que compreender e saber atuar no fenómeno em diferentes escalas é elemento diferenciador nas competências do treinador.

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