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Off Pitch

Blogue do treinador Bruno Dias

Como navegas?

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Todas as oportunidades são boas, mas serão todas boas para mim?

É fundamental, identificar e valorizar, todas as oportunidades que nos são concedidas e aprofundar o mais possível cada uma delas para que a escolha seja congruente com os objectivos traçados.

Quando maior é a convicção que os objectivos propostos serão cumpridos e que a estratégia delineada para os alcançar é mais adequada, maior será a capacidade de análise do contexto a cada momento, aumentando desta forma a eficácia das decisões e a probabilidade de a eficiência também crescer no caminho que escolhemos.

Esta leitura permanente do contexto permite um avanço seguro e aumenta a consistência enquanto indivíduo e profissional.

A opção de não saltar etapas da estratégia definida, poderá ser vista como ato de insegurança por muitos, que tomam decisões em função do imediato, e por ato de sabedoria por poucos, que tomam decisões em função do seu propósito.

A mesma oportunidade poderá ser fantástica para um indivíduo e pouco sedutora para outro e ambos serem coerentes com a sua visão.

Só quem tem um propósito é que consegue adiar a satisfação momentânea para que a recompensa final (realizar o seu propósito) seja alcançada.

Manter-se inabalável na convicção de êxito em alcançar o propósito é próprio de quem “navega” com um destino marcado e com rota definida ao invés quem vê no imediato o sucesso possível opta por uma navegação à vista e muitas vezes não vislumbra o destino ou opta por rotas que o afastam deste.

Na tua carreira optas por navegar à vista ou com destino e rota definida? E na tua organização, qual o princípio que preside à escolha das oportunidades a agarrar a cada dia?

3 Perguntas Facilitadoras do Sucesso

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Durante 7 épocas contratei treinadores para concretizar diferentes objectivos: subir de divisão, garantir a manutenção, promover jogadores para patamares superiores, primordialmente, e, eram excepção aqueles treinadores que encaixavam, simultaneamente, nos diferentes perfis, por vezes, alguns dos treinadores tinham perfil para garantir a manutenção na época X, e já não tinham, na época seguinte, contudo passaram a ter para subir de divisão, por exemplo.

Se existem algumas variáveis que mudam com o natural crescimento do treinador, existem outras que se mantém mais estáveis e que são essenciais para aumentar a probabilidade de sucesso na contratação do treinador.

As respostas às perguntas:

Qual a visão que o treinador tem do fenómeno futebol?

Qual a ideia de jogo que o treinador privilegia?

Qual a metodologia de trabalho que o treinador privilegia?

Aumentam exponencialmente as possibilidades de sucesso do clube, tendo este claro o seu posicionamento, permitem, portanto, aumentar a congruência dos elementos chave do clube construindo o caminho conjunto a trilhar.

Será tão diferente nas organizações não desportivas? Deverão os recrutadores contratar aqueles que pretendem que liderem sem garantir esta congruência de ideias?

Vou contratar o treinador!

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A decisão está tomada, a questão que se segue é: Qual? Qualquer um serve? Porquê escolher este ou aquele?

Um dilema com que todos os decisores se deparam, sobretudo, na preparação de uma época desportiva.

A importância estratégica desta opção já destacámos neste post.

Os clubes/SAD´s têm definido de forma clara a sua missão, a sua visão e os seus valores e partindo desta clareza de ideias, traçam o perfil da pessoa que procuram para construir e/ou operacionalizar um processo de trabalho que permita transformar o clube e apresentar os resultados (objetivos) pretendidos.

Com a clareza das premissas definidas, torna-se diferenciador a capacidade de diagnosticar o contexto enquadrando o objetivo proposto.Não raras vezes as hipóteses são múltiplas e temos de escolher “apenas” um, o tal, aquele que nos irá garantir o objetivo.

Qual o método mais eficaz para contratar o treinador para o teu projeto?

Quais os custos de falhar a contratação do treinador certo para o teu projeto?

Contratei treinadores durante 7 épocas desportivas e decidi partilhar algumas ideias sobre o tema nos próximos posts.

O que é o sucesso?

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A resposta a esta pergunta tornará mais clara a visão sobre qual a estratégia a implementar e quais as táticas mais eficazes e eficientes a utilizar para o alcançar.

O sucesso é, na maioria das vezes, o resultado que pretendemos obter na nossa vida, na nossa carreira profissional ou na nossa empresa ou organização.

Este pode e deve ser medido, para tal é necessário que tornemos específica a nossa definição de sucesso.

Numa organização desportiva, por exemplo, sucesso pode ser campeão, subir de divisão, efetuar X € em transferências, aumentar a receita da bilheteira, entre várias outras possibilidades. Todas estas possibilidades são quantificáveis, logo, permitirá validar o alcançar do sucesso pretendido.

Esta quantificação promoverá a maior responsabilização dos intervenientes no processo e não permitirá dupla interpretações, tornando claro se sucesso pretendido foi alcançado ou a que distância o mesmo ficou.

A identificação do sucesso é o primeiro passo para o conquistarmos e depende apenas de cada indivíduo ou organização.

Qual a tua definição de sucesso? Qual a definição de sucesso da tua organização?

Hábito(s) do Sucesso

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Alguns estudos científicos apontam para a necessidade da existência de cerca 66 dias de um comportamento, para ele ficar adquirido, ou seja, torna-se num hábito de um ser humano. Exemplos vários que podemos aferir para o demonstrar, desde logo, evidenciar os mais “visíveis” que talvez sejam os hábitos alimentares e a prática de exercício físico que para larga maioria da população mundial é um gigantesco desafio alcançar transformações mensuráveis ao olhar alheio.

Aprofundar esta premissa que nós, humanos, temos a capacidade de transformar qualquer comportamento em hábito se o repetirmos, diariamente, durante 66 dias, mais ou menos, permite-nos ousar dizer que somos capazes de nos reinventar continuadamente e, exclusivamente, por nossa iniciativa.

Não sendo linear a premissa, a ideia é simples e, rapidamente, entendível pelo que nos faz questionar quais as variáveis que nos impedem de encontramos o nosso propósito e o caminho para o alcançar, já que neste não devemos temer o erro porque afinal podemos sempre nos transformarmos e tornar aquele trajecto possível para lograr o nosso propósito, leia-se, o nosso sucesso.

Recordo o filósofo grego, Aristóteles: nós somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato mas um hábito. E o hábito nós somos capazes de o criar, logo a transformação começa em nós e depende exclusivamente de ti próprio.

Da (In)Formação contínua à motricidade humana.

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Tal como o treino, é um processo inacabado, também o treinador deve estar em permanente transformação, procurando criar novos limites e ultrapassa-los diariamente.

A necessidade de, constantemente, procurar formação em diferentes áreas do saber é uma virtude dos humildes e dos que procuram desafiar-se a cada momento.

A informação recolhida nas distintas áreas estudadas será alavanca para a criação do próprio conhecimento.

“A produção do próprio conhecimento” segundo José Mourinho é fator diferenciador do ser treinador. A capacidade crítica que o treinador possui e a forma como integra cada informação recolhida no seu processo e a transforma em conhecimento para o seu grupo de trabalho reforçará a sua liderança.

As fontes de informação, dada a elevada oferta, devem ser filtradas permitindo deste modo um condicionamento inicial das temáticas mais relevantes em dado momento.

Escrevo sobre o treinador, poderia faze-lo sobre um gestor, aliás, sobre qualquer pessoa, esta necessidade permanente de buscar mais é condição humana, é por isso, mais uma vez, no humano que encontramos as respostas.

A produção do próprio conhecimento do Homem é ter a capacidade de obter as informações que lhe permita criar um conhecimento de si próprio para alcançar os seus objetivos, existe quem lhes chame o sentido da vida.

Se queres ser melhor treinador, tens de ser melhor pessoa e tens de a alimentar todos os dias, porque “é o Homem que és, que triunfa no treinador que podes ser” diz Manuel Sérgio.

As respostas estão em ti e se queres mais do que tens, só o conseguirás se fores mais do que és!

Definir Objetivos

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Capacidade de estabelecer metas congruentes com a visão.

Tratando-se a visão, desde logo, do objectivo final das várias metas que necessitamos de conquistar para que esta seja uma realidade. Será, portanto, o somatório da conquista de várias “pequenas” metas que permitirá alcançar o objectivo final, a visão. As metas criadas a cada etapa, quando alcançadas, devem permitir alcançar um novo patamar de desenvolvimento.

Os objectivos devem ser SMART, ou seja, específicos, definidos com o maior detalhe possível, mensuráveis, ter uma unidade de medida (o que não se mede, não existe), alcançáveis, suficientemente desafiadores das nossas capacidades reais obrigando-nos a transcendência para os alcançar, realistas, que sejam possíveis de alcançar com os recursos que temos disponíveis e com prazo definido, que seja estabelecido um prazo para ser alcançado.

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Acrescentaria a esta técnica uma pergunta: Porquê? Responder esta pergunta após utilizar a metodologia SMART deve ser reveladora da importância do objectivo estabelecido e do grau de compromisso e prioridade que este possui, naquela circunstância, podendo ser excluído, redefinido ou alavancado com o máximo de recursos disponíveis.

Esta técnica deverá ser integrada numa estratégia global e será reforçada quanto maior for a capacidade de o indivíduo ou organização sistematizar ao detalhe o processo que pretende utilizar para alcançar o objectivo final, a sua visão.

As etapas desta estratégia corresponderão às metas a curto, médio e longo prazo que sendo congruentes entre elas tornaram o percurso mais sólido até à concretização do grande objectivo.