O ensino como meio de aprendizagem...
O senso comum defende que o professor ensina e o aluno aprende, sugerindo a existência de uma relação unidirecional entre ambos, ou seja, é o professor quem têm o conhecimento e o transmite ao aluno que deve funcionar como esponja para o receber.
Esta ideia, não contém, qualquer efeito nefasto para ambos, caso não esgote em si mesma e refute a ideia implícita da hierarquia de importância do professor face ao aluno na construção do conhecimento. A verdade é que este, não existe e cresce, um sem o outro, logo a relação é bidirecional.
Deverá também o professor, aprender, por via do aluno, ou seja, das suas interrogações, das suas partilhas e das suas sugestões, diversas formas de sistematizar o conhecimento adquirido e através deste acrescer valor à comunidade.
Esta relação de cooperação que defendo entre o professor e o aluno, entre o formador e o formando, entre o treinador e o jogador, entre o CEO e o colaborador é decisiva para que o conhecimento seja reforçado e para que a aprendizagem ocorra permitindo transformar esta em resultados.
Se no processo formativo é claro que a construção do conhecimento é a aquisição de competências por parte do aluno para atuar na comunidade com o objetivo de acrescentar valor a esta.
No treino de futebol, a construção de conhecimento, entende-se com a construção de um jogo coletivo que visa a potencialização de todas as competências individuais no contexto de equipa para a obtenção do objetivo comum, a vitória.
E nas organizações, a construção de conhecimento, compreende-se na capacidade de disponibilizar produtos ou serviços à comunidade que permita alcançar os seus objetivos sejam eles financeiros, lucro, ou de outra ordem.
Concluímos que o ensino é, portanto, um meio de aprendizagem e quando valorizado pelos seus agentes permitirá acrescentar valor à comunidade, leia-se a todos, pelo que é responsabilidade de ambos transformar aprendizagens em resultados.