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Off Pitch

Blogue do treinador Bruno Dias

1 ano depois...

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Arranquei este projecto com a convicção que seria capaz de acrescentar valor nas áreas de liderança e gestão.

Os conteúdos a partilhar estão sustentados na prática e na sua reflexão bem como no meu testemunho sobre a vida de treinador de futebol.

O primeiro grande desafio era manter a regularidade na escrita.

Este foi superado.

De seguida, por ser um prático que apesar do gosto pela leitura e pela escrita, não fazia desta última uma actividade regular, tornou-se desafiante a melhoria desta competência.

Parece-me que também foi superado.

Despertar o interesse aos leitores sobre as temáticas a abordar e manter um registo de testemunho reflectido tornou-se o maior desafio.

Os feedbacks obtidos, maioritariamente, através de mensagens privadas foram alimentam a ideia que continuamos a acrescentar valor ao “nosso” público. 

Com estes desafios superados, a necessidade de gerar mais valor, aumentou, exigindo também mais tempo para corresponder às expectativas criadas.

Permanecendo o tempo disponível inalterado, a necessidade de manter a sua priorização a cada momento, obriga-me a dar por concluído este projecto.

O blog offpitch termina exactamente um ano após ter-se iniciado.

O gosto pela partilha mantém-se por isso em breve nas minhas redes sociais irei divulgar como podes ter acesso às minhas reflexões e testemunhos.

Segue-me AQUI.

Para o clube o treinador é...

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Muito mais que o responsável por prescrever sessões de treino a um conjunto de jogadores procurando alcançar a vitória no jogo seguinte.

Vencer o próximo jogo é o objectivo emergente num quadro muito mais alargado e que está em mudança permanente.

No actual mercado, o rendimento incorpora um conjunto de variáveis que vão para além do resultado final de um jogo de futebol.

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As vitórias são o expoente máximo do rendimento.

O reflexo da correta articulação de todas as variáveis e funcionam como o combustível que abastece todo o processo.

A qualidade de treino e, por inerência, do jogo são os alicerces para a consistência no rendimento.

A valorização dos atletas é a consequência destas e uma, cada vez mais importante, fonte de receita para os clubes/ SAD´s sustentarem os seus projectos desportivos.

A missão do treinador de futebol (de rendimento) é transformar um conjunto de pessoas em equipas, capazes de atingir o seu máximo rendimento.

Para o clube o treinador é o responsável por potenciar todos os seus activos.

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A lição de Carvalhal

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Um treinador com vasta experiência aprendeu rápido e corrigiu a rota.

“Há quase dez anos que não trabalhava em Portugal, tenho de me readaptar a algumas coisas. Na jornada passada, os jogadores levaram demasiado à letra o que foi pedido no jogo contra o Famalicão. Tive de passar a mensagem de forma diferente ao longo da semana. Hoje focámo-nos na nossa identidade, no que somos capazes de fazer, melhorámos a sair de trás.”

As afirmações pertencem a Carlos Carvalhal na flash interview após a vitória do Rio Ave perante o Desportivo das Aves (5-1). Recordarmos que em Famalicão o resultado foi uma derrota (1-0), onde segundo o próprio a equipa só se “agarrou” ao seu modelo de jogo após a expulsão de Messias Jr.

É uma das características diferenciadoras dos líderes mais capazes, efectuar um bom diagnóstico e tomar as decisões corretas para melhorar o desempenho do grupo que lidera.

Todos conseguimos fazer bons diagnósticos? Não.

Contudo espera-se que os líderes sejam capazes de o fazer porque:

  1. Priorizam os objectivos do grupo em qualquer circunstância
  2. Têm acesso a um conjunto de informação detalhada e especifica sobre o contexto
  3. Rodeiam-se de especialistas que aportam valor ao seu processo de reflexão e lhe fornecem ferramentas que permitem acertar mais vezes.

E quando não acertam?! Corrigem. E corrigem, de imediato.

A capacidade de reflexão é a chave para o correto diagnóstico.

A imprecisão do diagnóstico impossibilita à tomada de decisão correta e torna inócua qualquer que ela seja.

Carvalhal relembra os líderes que as más escolhas não são o problema.

O problema será a incapacidade de as identificar, aceitar e corrigir, isto é, efectuar a acção necessária para resolver.

E tu consegues fazer bons diagnósticos?

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Ser Visionário

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Ver o que os outros não vêem ou antecipar resultados a médio prazo?

Provavelmente ambas as ideias são verdadeiras, dado que é através da capacidade de encontrar soluções diferentes e que, provavelmente, terão resistência inicial, da maioria, que alcançaram a médio prazo os resultados que poucos acreditam ser possíveis.

Esta capacidade e, em alguns, estilo de liderança é diferenciadora em projectos que pretendam ser diferenciados a médio prazo e que tenham nos cargos de liderança pessoas com uma ambição sustentada na competência própria e na capacidade de alavancar um grupo através de um objectivo comum.

Trilhar caminhos é importante, contudo criar rotas torna-se mais desafiante para os que almejam ir mais longe.

Não cria rotas quem não conhece os caminhos, não o faz quem só conhece um caminho ou quem é incapaz de imaginar caminhos alternativos aos que conhece.

A capacidade de olhar para o todo compreendendo de que forma e qual o processo necessário para alcançar o objectivo pretendido é próprio dos líderes visionários que se distinguem por tomarem decisões corajosas, arriscadas e fora da caixa.

Estas decisões para os líderes visionários são naturais consequências de um processo criativo que vive da convicção de potenciar qualquer circunstância ou evento em uma etapa de consolidação do seu propósito.

A decisão urgente não pode colocar em causa o propósito vigente!

Enquanto líder como sistematizas o teu processo de decisão?

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As 5 pessoas com quem passas mais tempo!

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Jim Rohn afirma que somos a média das 5 pessoas com quem mais convivemos quer profissionalmente, quer financeiramente, quer fisicamente enfim nas diferentes áreas da vida.

A remota ideia que somos nós os influenciados e não os influenciadores toldará inevitavelmente a predisposição para aceitar a mensagem que o empreendedor e palestrante americano nos pretende passar.

Se num ato de loucura ou sanidade medíssemos esta ideia na sociedade que somos protagonistas?! Provavelmente, os resultados espelhariam a pertinência da mensagem de Rohn.

Será esta a primeira ação para compreendermos o caminho que estamos a percorrer e quais os aliados que escolhemos para o alcançar.

Somos seres sociais e tendemos a ajustar-nos ao ambiente onde estamos inseridos, nesse contexto não estão só mesas, cadeiras, sofás ou balcões mas essencialmente estão pessoas com princípios, valores e hábitos diferentes que são responsáveis pelo que somos.

Podemos ir de influenciados a influenciadores, porque temos o poder de escolha, como escrevemos aqui.

E tu como escolhes ser influenciado? E quem pretendes influenciar?

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Compromisso(s)! Como conseguir?!

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É um valor notável e diferenciador dos grandes líderes.

Determina grande parte do sucesso colectivo e do carácter de cada um.

É dar sem esperar receber e certos que o retorno é inevitável.

E como fazer?

Genuinidade

Ser genuíno a dar os 100% que somos capazes a cada dia, sem esperar receber nada em troca, com o propósito de criar valor.

Acrescentar Valor

Compreender o valor que conseguimos acrescentar e torna-lo útil para que a outra pessoa seja capaz de utilizar para concretizar os seus objectivos.

Coerência e credibilidade

Agir de acordo com o que dizemos. Somos tão mais coerentes quanto menor distância existir entre as nossas palavras e as nossas acções.

E tu como consegues gerar compromissos?

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Eu tenho o poder da escolha!

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O custo oportunidade é mais que um conceito económico, provavelmente, poderá ser visto como um princípio que em cada decisão do quotidiano nos convida a dar prioridade a algo em detrimento de outra qualquer coisa.

Também é transversal porque é o mesmo para as decisões conjunturais e as estruturais (tema abordado AQUI), ou seja, é uma espécie de inevitabilidade que quando mais rapidamente aprendermos a lidar, maior consciência teremos das decisões a tomar a cada momento.

Se escolho almoçar fora todos os dias, poderei ter de abdicar, da poupança que pretendo fazer até ao final do ano para fazer aquele estágio que quero.

Se escolho ver televisão durante horas, o custo oportunidade poderá abdicar de desenvolver as competências que preciso para dar mais um passo na minha carreira profissional.

Vários poderiam ser os exemplos a referir, o que mais importante realçar é que o custo oportunidade está inerente a um poder de escolha, que é único e, deve ser, intransmissível de cada um de nós pelo que o seu bom uso determinará os resultados que iremos obter no futuro.

A escolha na forma como utilizamos todos os recursos que temos disponíveis sejam materiais, ex: o dinheiro, é o que a sociedade tende a valorizar mais, ou imateriais, ex: o tempo, o mais justo recurso disponibilizado pelo universo, determinam o nosso percurso bem como o tempo que o demoramos a percorrer.

Escolho aperfeiçoar-me a cada dia, aprender com os melhores e desfrutar do maior tempo possível com as pessoas e atividades que amo.

E as tuas escolhas quais são?