Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Off Pitch

Blogue do treinador Bruno Dias

1 ano depois...

bd_work.jpg

Arranquei este projecto com a convicção que seria capaz de acrescentar valor nas áreas de liderança e gestão.

Os conteúdos a partilhar estão sustentados na prática e na sua reflexão bem como no meu testemunho sobre a vida de treinador de futebol.

O primeiro grande desafio era manter a regularidade na escrita.

Este foi superado.

De seguida, por ser um prático que apesar do gosto pela leitura e pela escrita, não fazia desta última uma actividade regular, tornou-se desafiante a melhoria desta competência.

Parece-me que também foi superado.

Despertar o interesse aos leitores sobre as temáticas a abordar e manter um registo de testemunho reflectido tornou-se o maior desafio.

Os feedbacks obtidos, maioritariamente, através de mensagens privadas foram alimentam a ideia que continuamos a acrescentar valor ao “nosso” público. 

Com estes desafios superados, a necessidade de gerar mais valor, aumentou, exigindo também mais tempo para corresponder às expectativas criadas.

Permanecendo o tempo disponível inalterado, a necessidade de manter a sua priorização a cada momento, obriga-me a dar por concluído este projecto.

O blog offpitch termina exactamente um ano após ter-se iniciado.

O gosto pela partilha mantém-se por isso em breve nas minhas redes sociais irei divulgar como podes ter acesso às minhas reflexões e testemunhos.

Segue-me AQUI.

Para o clube o treinador é...

joaopedrosousafamalicao1.jpg

Muito mais que o responsável por prescrever sessões de treino a um conjunto de jogadores procurando alcançar a vitória no jogo seguinte.

Vencer o próximo jogo é o objectivo emergente num quadro muito mais alargado e que está em mudança permanente.

No actual mercado, o rendimento incorpora um conjunto de variáveis que vão para além do resultado final de um jogo de futebol.

Imagem1.png

As vitórias são o expoente máximo do rendimento.

O reflexo da correta articulação de todas as variáveis e funcionam como o combustível que abastece todo o processo.

A qualidade de treino e, por inerência, do jogo são os alicerces para a consistência no rendimento.

A valorização dos atletas é a consequência destas e uma, cada vez mais importante, fonte de receita para os clubes/ SAD´s sustentarem os seus projectos desportivos.

A missão do treinador de futebol (de rendimento) é transformar um conjunto de pessoas em equipas, capazes de atingir o seu máximo rendimento.

Para o clube o treinador é o responsável por potenciar todos os seus activos.

Para receberes os conteúdos que vamos partilhando, clica AQUI.

Primeiro És, Depois Tens!

joaofelixmadrid.jpeg

A cultura de imediatismo que dita leis na sociedade global, promove a necessidade de ter tudo o que desejamos rapidamente, se possível, após um único clique.

Esta visão parece desvalorizar o caminho necessário para alcançar os desejos de cada um e a importância que este tem para a aquisição de competências que são determinantes para o alcançar dos resultados pretendidos.

São as competências, aquilo que cada um de nós é, e fundamentalmente a forma como as usamos que nos permite ter o que tanto ambicionamos.

A busca constante de novas competências é uma via possível para o crescimento, contudo não é a única, a capacidade de as utilizar (as competências) em diferentes contextos é, também, forma expandir a zona de conforto demonstrando o quão cimentado está o ser que continuamos a construir.

Com o foco na sua capacidade de demonstrar o que é, num contexto diferente, mas no seu meio (o treino e o jogo) João Félix apresentou-se em Madrid disposto a continuar a crescer e “apenas” focado nas suas competências.

O que é, fará com que tenha o que merece!

Futebol positivo! Moda ou mudança de paradigma?

paulofonseca.jpg

A necessidade e o gosto de ter bola sabendo usa-la de forma eficaz e eficiente e na ausência da sua posse ter um comportamento proativo no sentido de a reconquistar vendo nela a solução para todos desafios que o jogo nos é capaz de lançar a cada segundo. Agir sobre o jogo e ter uma atitude menos especulativa aguardando que os deuses do futebol protejam a forma pouco audaz como o estamos a abordar.

Esta ideia vai muito além das quatro linhas, diria que o desempenho em campo será o reflexo do que se passa fora dele e começa na liderança, sobretudo, do treinador mas também diretiva através dos valores que defendem e, mais importante, que praticam nas suas ações e na sua comunicação tanto interna como externa.

Implicitamente, esta noção está ligada a uma visão mais abrangente e, necessariamente, de médio prazo onde, muitas vezes, o imediatismo é ferido pela necessidade de ter alicerces mais fortes que obrigam a investir mais tempo na sua construção, contudo são estes que permitirão alcançar uma consistência mais forte e duradoura.

Resumindo, será um futebol que vê nas suas virtudes a sua principal arma para alcançar o sucesso e que reconhece que as competências alheias poderão, momentaneamente, vencer as suas e que apesar de as reconhecer e valorizar em momento algum colocam em causa a necessidade de afirmação própria permanente das suas competências e da sua valorização.

Que a discussão da moda se transforme no começo de um novo paradigma.

Caso pretendas receber conteúdos exclusivos no teu email clica aqui.

Que tipo de treinador és tu?

brunodias1.jpg

Num momento em que discutimos se este treinador é de identidade e o outro é de estratégia, questionaram-me: e tu és de que tipo?

Não acredito na estratégia sem identidade, definindo-a como o padrão comportamental que pretendo que o meu exército se reveja e orgulhe, nem na identidade sem estratégia, definindo esta como o método utilizado para derrotarmos o adversário.

Sou o treinador que quer ganhar sempre, que prepara ao detalhe cada momento para que este o possa aproximar da vitória, que genuinamente quer o melhor para os seus e que o seu interior reflecte a paixão de tornar cada banalidade numa ferramenta, numa motivação ou num momento marcante para alcançar a próxima vitória.

Querer ganhar sempre é muito diferente de ganhar a todo o custo, essas são vitórias sem sabor, é mais que filosofia acreditar que a vitória é mais saborosa quanto mais desafiante for o percurso, é simplesmente constatar a evidência humana de quem já a experienciou e acorda todos os dias com maior desejo de agir de forma coerente e ordenada para o voltar a sentir.

Reflectindo mais profundamente sobre o tema, parece-me chave este equilíbrio entre os princípios e valores que são inegociáveis e os meios e métodos que são flexíveis e escolhidos à medida de cada contexto.

Portanto, sou um treinador gerador de resultados (desportivos e financeiros), eficaz e eficiente a concretizar objectivos, através de uma visão abrangente em diferentes escalas.

Valorizar os Jogadores? Mitos e Verdades...

xavirobinhogoncaloandre.jpg

Assisti, ontem, a um importante e oportuno debate sobre o futebol português e uma das ideias chave está na necessidade de focar a ação dos treinadores da formação na evolução do jogador, primordialmente, tornando por exclusão de partes a evolução da equipa secundária.

Na escalada até ao alto rendimento, a priorização da importância altera-se um pouco, mas não totalmente, dado que o mercado português é, maioritariamente, exportador pelo que a necessidade de aliar desenvolvimento individual ao colectivo é vital para os clubes de forma a garantir a sua sustentabilidade desportiva e financeira, alcançado bons resultados nas competições que participa e facilitando a alienação dos direitos desportivos dos atletas.

De varia ordem são os contributos necessários para o crescimento desportivo dos atletas sendo central a figura do treinador disponibilizando ao atleta as ferramentas necessárias para que este possa construir o seu futuro.

Todos os treinadores contribuem para a evolução dos atletas, alguns ajudem no seu crescimento e poucos são diferenciadores em momentos chave da carreira destes.

Nenhum treinador fez um jogador, poderá é ter contribuído pouco ou muito, para este se construir a si próprio.

A complexidade da construção humana impede a linearidade deste processo, obrigando aos líderes responsáveis que compreendam a sua real importância neste e, acima de tudo, sejam competentes e corajosos para atuar no momento certo, fazendo o certo!

Dois atletas primeiro ano sénior do mesmo clube, não têm obrigatoriamente as mesmas necessidades de treino e jogo. Como avaliar essas necessidades? Como adequar o treino individual sem beliscar o crescimento colectivo? Como avaliar se as escolhas foram as mais corretas?

Especificamente, a transição futebol formação para alto rendimento têm uma larga janela temporal e diferentes contextos competitivos para o efeito pelo que compreender e saber atuar no fenómeno em diferentes escalas é elemento diferenciador nas competências do treinador.

Caso pretendas receber conteúdos exclusivos no teu email clica aqui.

Como avaliar o treinador?

joaohenriques.jpg

A superficialidade na avaliação dos treinadores, esgota-se, na validação dos resultados, ou seja, a equipa A subiu o treinador é fantástico a equipa B desceu o treinador é incompetente. Será esta dedução a forma mais correta de avaliar o trabalho desenvolvido pelos treinadores?

Várias organizações, maioritariamente, não desportivas optam por avaliar os resultados dos colaboradores em função dos recursos disponibilizados e dos estabelecidos. É possível replicar nas organizações desportivas?

O sim é imediato. Exemplo concreto será um treinador que é contratado para garantir a manutenção, são lhe concedidos parcos recursos comparativamente com a maioria dos opositores e este concretiza o objectivo. Neste caso, a avaliação será positiva. Noutro prisma, um treinador que têm recursos superiores aos restantes opositores e não é capaz de alcançar a subida de divisão ou o título de campeão, não realizou um trabalho positivo.

A avaliação dos treinadores terá necessárias implicações no recrutamento dos mesmos. É também assim, nas organizações não desportivas. Os colaboradores que concretizam objectivos tendem a ser valorizados internamente, melhorar a situação contratual ou ser promovidos do cargo que ocupam, e a receber propostas de trabalho de outras organizações.

Qual o melhor método para avaliar treinadores? Qual o melhor método para avaliar colaboradores? É possível replicar o método em organizações distintas?